quarta-feira, dezembro 13, 2006

Ocorrem entre 17 e 18 mil abortos anuais em Portugal

APF publica hoje estudo relativo ao aborto clandestino


Cerca de 350 mil mulheres portuguesas em idade fértil já terão realizado um aborto pelo menos uma vez, revela o estudo encomendado pela Associação para o Planeamento da Familia (APF), apresentado hoje na maternidade Alfredo da Costa, em Lísboa.

Com o objectivo de estudar o panorama português relativamente ao aborto clandestino, este trabalho científico indica que só no último ano terão sido realizadas entre 17 e 18 mil interrupções voluntárias da gravidez (IVG) ilegais. Estes números podem, no entanto, "pecar por defeito" segundo o dirigente da APF, Duarte Vilar, em declarações ao JN, dado que "incide sobre um comportamento ilegal e pode levar a alguma omissão".

Das duas mil inquiridas, com idades que vão dos 18 aos 49 anos, 72,7 por cento terão interrompido a gravidez até às dez semanas, subindo para 88,7 por cento até às 12. Uma alteração da legislação, que aliás é sujeita a referendo no próximo dia 11 de Fevereiro, implicaria que do universo de mulheres portuguesas que já praticaram um aborto, 260 mil delas fa-lo-ião legalmente.

Possuindo apenas o ensino básico (15,4 por cento), o secundário (13,2 por cento) ou formação superior (14,1 por cento), o perfil da mulher que aborta é transversal a toda a sociedade. A maioria das inquiridas (83 por cento) afirma ter feito apenas um aborto, reduzindo para 2,1 a percentagem das que admitem tê-lo feito por duas vezes. De acordo com o especialista em Saúde Pública, Constantino Sakallerides, estes números permitem concluir que a decisão da mulher em submeter-se a uma IVG não é encarada "com ligeireza".

As motivações referidas, segundo o mesmo, prendem-se sobretudo com "um conjunto de circunstâncias que não são controladas pelas mulheres". " São relativamente jovens, demasiado para ter filhos, numa fase da vida em que não há compromissos conjugais estabelecidos", explica. As pressões familiares e dos companheiros são também apontadas como determinantes na decisão de abortar.

A divergência social mais saliente neste estudo, diz respeito à religiosidade das mulheres que abortam. Apenas 2,6 por cento afirma ser praticante frequente, enquanto que 16,7 por cento assume-se como não praticante.

Fontes:

>JN
>Público

2 Comentários:

Blogger Sílvia escreveu...

Tudo o que é bem feito demora o seu tempo.

Bom artigo, no meu humilde entendimento.

Beijo.

3:55 da manhã

 
Blogger Bárbara escreveu...

Domingo vai ficar tudo decidido!!!
Esperemos que a decisão seja o reflexo do desenvolvimento social que não se tem verificado neste pequeno país.
Parabéns pela temática!

Saudades.

9:15 da tarde

 

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