sexta-feira, março 30, 2007

Theatro Circo em sinergia com Braga

Paulo BrandãoA relação que o Theatro Circo mantém com a cidade de Braga foi um dos aspectos mais focados por Paulo Brandão nas X Jornadas de Comunicação Social da Universidade do Minho, no dia 27 de Março. Integrado no painel "Reputações virtuais?", o director artístico do Theatro Circo observou que o efeito produtivo deste em Braga e o laço social que cria mostram que é uma casa importante para a cidade.

De forma a se adaptar à cidade, Paulo Brandão referiu que o Theatro Circo está atento a estruturas como rádios locais, jornais diários, ao departamento de informação da Câmara Municipal ou à Universidade do Minho, tentando "potenciar e usar esses meios".

No arranque do Theatro Circo teve-se em conta a sua "estrutura já com uma longa memória". Paulo Brandão explicou que esta foi mantida nomeadamente através do nome e do reemprego de funcionários anteriores com as mesmas funções, procurando-se "aproveitar a mais-valia das pessoas". Este facto foi validado com o exemplo de Dona Maria, que trabalha na bilheteira há 35 anos, tendo por isso "35 anos de conhecimento da realidade de Braga". Paulo Brandão reforçou que "essa ligação à cidade é muito importante".

Relativamente ao futuro, comunicou-se que se está a fazer um estudo de públicos do Theatro Circo. A casa "ainda vive muito das pessoas de Braga e da região", faltando assim conquistar público nacional e de Espanha.

Paulo Brandão sublinhou a importância da Internet na relação entre o Theatro Circo e a sua audiência. Anunciou ainda várias novidades para o site: passatempos, uma área direccionada para crianças e a possibilidade de visitas virtuais a 360º, declarando que "vai certamente ser um site marcante".

O director artístico terminou a sua intervenção apelando ao uso do e-mail e do blog do Theatro Circo para o lançamento de ideias. "Estaremos atentos à vossa criatividade", concluiu.


Fotografia: Catarina Dias

Links adicionais:
- site oficial do Theatro Circo
- blog do Theatro Circo
- programa das X Jornadas de Comunicação Social da U.M.


terça-feira, março 27, 2007

Intermediários e Novos Media em discussão na Universidade do Minho

Jornadas de Comunicação Social debatem o lugar dos mediadores num contexto de proliferação das tecnologias


O papel dos intermediários no universo dos novos media, foi hoje o assunto discutido na X edição das Jornadas de Comunicação Social da Universidade do Minho, em Braga. Sob o tema geral “Novos Media: uma Babel às costas?”, o debate da sessão da tarde contou com um painel de quatro jornalistas convidados: Sérgio Gomes do Público, Pedro Leal da Renascença, Luís Miguel Loureiro da RTP e Paulo Ferreira do Jornal de Notícias.

A ideia de que o universo cada vez mais tecnológico dos media não dispensa o lugar dos profissionais de comunicação, esteve presente em toda a conferência. Sérgio Gomes, responsável pela edição on-line do Público, defende que “ haverá sempre intermediários”. “Tem que haver necessariamente ou então deixaria de fazer sentido a palavra jornalismo”, argumentou. A propósito dos novos meios tecnológicos, o jornalista alertou para o facto de a Internet ter “destabilizado” o panorama dos suportes mediáticos, salientando, assim, a importância que os intermediários têm na imposição de “regras, critérios e filtros”.

“A panóplia de máquinas, às vezes, faz-nos distrair daquilo que é mais importante. Daí a necessidade dos intermediários”, afirmou Pedro Leal. O convidado da Rádio Renascença confessou ainda sentir que a existência da Babel nos órgãos de comunicação social, está no estabelecimento de consensos e prioridades. A pressão dos custos, a resistência de alguns colegas face às novas plataformas tecnológicas e a questão dos novos profissionais da área, foram outras das questões que referiu.

Proximidade e interactividade foram também dois conceitos repetidos ao longo da sessão. De acordo com Paulo Ferreira, num mundo globalizado como o de hoje, a mais-valia do JN é a “proximidade com as pessoas”, referindo as três edições regionais (Norte, Porto e Centro-Sul). Segundo o chefe de redacção do JN, uma das maiores preocupações deste jornal é promover a interactividade com o seu público.

O debate prosseguiu com Luís Miguel Loureiro, da RTP. Partilhando da opinião que os intermediários continuam a ser necessários, o jornalista pensa que “fazer as próprias histórias, procurar o próprio caminho, ir para além daquilo que todos têm para oferecer” é a chave da diferenciação no jornalismo. A respeito das alternativas ao jornalismo que actualmente se faz acrescenta: “ A grande reportagem pode ser uma via para o futuro”.

Manuel Pinto, docente da cadeira de jornalismo na Universidade do Minho, moderou o debate. No final das apresentações e após as questões da plateia concluiu: “os intermediários existirão sempre, mas não a qualquer preço”.

Fotografia: Catarina Dias


domingo, março 11, 2007

Novo anúncio de roupa infantil da Armani gera polémica em Espanha


Num primeiro olhar, a nova campanha de roupa infantil da Armani mostra duas meninas asiáticas usando roupas semelhantes às dos adultos. No entanto, esta campanha está a gerar polémica no país vizinho.

O Defensor do Menor em Espanha, Arturo Canalda, pretende que o anúncio seja retirado já que o retrato das duas meninas asiáticas vestidas e maquilhadas numa tentativa de imitação dos adultos constitui "uma imagem dura", parecendo "fomentar o turismo sexual".
"Com esta imagem, a Armani está a lançar uma dupla mensagem: por um lado provoca confusão entre os adultos, que ficam estupefactos, e por outro, confunde as crianças, que não percebem que está a ser publicitada roupa", afirma Arturo.

A directora criativa da agência de publicidade Young & Rubicam Red Cell, Judite Mota, declarou ao DN que “o facto de a roupa ser semelhante à dos adultos põe uma carga adicional à imagem que influencia certas interpretações". No entanto, segundo a mesma, a utilização do termo “turismo sexual” não se aplica e "é profundamente racista. Esta conclusão só é tirada porque são meninas asiáticas, se fossem loiras isso não acontecia", assegura.

Edson Athayde, publicitário da agência OgilvyEdson assume uma posição mais radical, afirmando que: "Nunca me passaria pela cabeça que esta imagem incentivasse o turismo sexual. Eu vejo duas crianças, não compreendo a atitude do defensor do menor". O publicitário acrescenta ainda: "Há um nível da paranóia mundial, atribuem-se sentidos a coisas que não o têm".

Aliada a toda esta polémica parece estar a marca Armani, que a imprensa espanhola declara não ter conhecimento da polémica gerada.

Fonte e Imagem: DN Online


quinta-feira, março 08, 2007

Jovens guineenses obrigadas a casar fogem para missões evangélicas


Hoje, Dia Internacional da Mulher, importa mencionar, em nome de todas aquelas que sofrem abusos de qualquer tipo, a história de jovens guineenses que, contrariando a tradição, escapam a um destino pouco promissor.

Todos os anos, em Guiné-Bissau, milhares de jovens do sexo feminino são obrigadas a casar, por meio de arranjos feitos pelo pais ou, na sua ausência, pelos tios maternos. Este é um costume muito importante em determinadas etnias daquele país, principalmente entre os balantas e os papéis.

Segundo a Agência Lusa, as jovens que conseguem fugir ao casamento obrigatório, refugiam-se nas instalações da Igreja Evangélica da Guiné-Bissau, entidade que tem auxiliado na denúncia da violação dos direitos da mulher.

Na missão, estas jovens são acolhidas, recebendo o apoio das madres. Vêm de várias partes do território guineense, fugidas da família e dos maridos que lhes foram imputados, mas com quem não querem casar. Aí podem prosseguir os estudos e até mesmo encaminhar-se para uma licenciatura, algo de impensável nos ambientes familiares de que provêm.

Filomena de 18 anos é um desses casos. Quando tinha ainda 15 saiu de casa, em Bessassema. Desde que está na missão evangélica de Bolama que cortou relações com o pai, mas em declarações à Lusa lamenta-o dizendo: “ um dia há de compreender o mal que fez.”

Os membros responsáveis pelas missões no país parecem compreender a situação destas mulheres. O pastor Joaquim Correia, presidente do Conselho nacional das Igrejas Evangélicas da Guiné-Bissau, afirmou a importância de denunciar este fenómeno às autoridades e consciencializar a sociedade de que esta é uma “prática retrógrada”.

Fonte
Lusa

Imagem
AFRICANIDADES (blogue)


domingo, março 04, 2007

"Hip-Hop is dead"?

A queda das vendas de música rap, acrescida às críticas internas aos efeitos negativos da sua cultura, estão, segundo um artigo de Nekesa Mumbi Moody, a prenunciar o declínio da sua popularidade.

Embora a diminuição da compra de música seja geral, as vendas de rap desceram 21 por cento de 2005 para 2006. Pela primeira vez em 12 anos, nenhum álbum de rap constou dos dez mais vendidos do ano nos Estados Unidos.

Um estudo do Black Youth Project, citado por Davey D. num artigo de 1 de Março, indica que, embora 58 por cento dos inquiridos ouça hip-hop diariamente, a maioria considera que os seus temas são demasiado violentos e que as mulheres são tratadas de forma ofensiva. O autor acrescenta que estes dados indiciam o segredo "sujo" da indústria musical: "Os negros são amplamente usados para validar temas que são vendidos ao mainstream branco. Ou seja, enquanto que 90 por cento dos artistas de rap comercial na televisão e rádio são negros, a audiência alvo encontra-se fora da comunidade negra".

Davey D. encontra no lado corporativo da música e na mentalidade interesseira dos seus executivos o motivo da afirmação "Hip-hop is dead", com a qual o rapper Nas denominou o seu último álbum. Paul Porter, um anterior programador da BET (Black Entertainment Television), considera que a morte do hip-hop está unicamente relacionada com o payola, usado com o fim de serem transmitidas músicas com temas violentos e sexuais.

Entretanto, um artigo de Kim Mulford publicado hoje anuncia como contraponto a "ascensão" do hip-hop cristão. Os adeptos do género "servem-se da sua música para chegar a pessoas desinteressadas pela igreja tradicional". Existem no entanto seguidores que estão a dificultar a vida dos rappers cristãos genuínos. O produtor de hip-hop Kris Bell afirma que estes aparecem na igreja "vestidos como o Tupac e tocando-se como os rappers seculares fazem". "Para muitas pessoas, essa é a forma de Satanás se infiltrar na igreja", conclui.

Links:
> "New Rap Problem: Criticism From Within" - artigo de Nekesa Mumbi Moody da Associated Press, publicado em 25 de Abril de 2007
> "Why Commerce Is Killing the True Spirit of Hip-Hop" - artigo de Davey D, publicado no San Jose Mercury News a 1 de Março de 2007
> "A GROWING GENRE. Who's who in holy hip-hop" - artigo de Kim Mulford, publicado no Chicago Sun Times a 4 de Março de 2007
> Black Youth Project
> Black Entertainment Television


> Ana Catarina Martins Silva
> Ana Patrícia Silva
> Nídia Rainha Ferreira

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