Sócrates rejeita favorecimentos por parte da Independente
A entrevista para a qual o primeiro-ministro não se “preparou especialmente”, como referiu, era esperada pela maioria dos portugueses como um esclarecimento relativamente ao seu currículo académico. Segundo José Sócrates as explicações só agora deviam ter lugar, uma vez que decidiu não falar antes “para não perturbar as investigações e a decisão a tomar pelo governo” no âmbito do caso Independente, afirmou.
Questionado acerca de como se sentia na pele de primeiro-ministro na sequência deste episódio, Sócrates disse estar “completamente à vontade” no desempenho desse papel.
“Pretendo provar que não fui favorecido em nenhum momento”
A respeito da passagem do ISEL para a Universidade Independente, o chefe do executivo revelou que o motivo da transferência se prendeu com os horários pós-laborais e com a boa reputação que o estabelecimento de ensino tinha na altura. “Não fui para a UnI porque a vida me estivesse a correr mal no ISEL”, declarou.
Tendo obtido o bacharelato em Coimbra, onde frequentou por 4 anos o ISEC, e atendido a 10 cadeiras durante o ano que esteve no ISEL, Sócrates confirmou ontem em entrevista ter enviado uma carta ao reitor da Universidade Independente pedindo um plano de transferência. Apesar de não possuir ainda um certificado de habilitações do ISEL, a UnI confiou na sua palavra, atesta.
Com Luís Arouca afirma ter tido uma “relação professor-aluno”. O reitor, segundo o primeiro-ministro, foi seu professor de Inglês Técnico enquanto frequentou a cadeira. A propósito do plano curricular que lhe fora estabelecido, José Sócrates argumenta: “Eu fiz as cadeiras que me mandaram fazer”.
Ainda sobre os supostos favorecimentos à nomeação de António José Morais, professor da Independente, o actual chefe do executivo, explica: “eu nunca o recomendei a ninguém, nem ao meu colega secretário de Estado (Armando Vara), nem ao Sr. Ministro da Justiça (António Costa)”.
A relação com os órgãos de comunicação
Confrontado com o facto de lhe ser atribuído um relacionamento particular e impulsivo com os media, o primeiro-ministro recusou tal atitude. Negou possuir um gabinete de imprensa “poderoso e que controla os órgãos de comunicação social”. Classificando tal suspeita de fantasiosa, acrescentou: “o meu gabinete não faz nada que os outros não façam”.
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