segunda-feira, abril 02, 2007

Escolaridade dos pais assume papel preponderante no sucesso escolar dos filhos


O estudo “Preferências dos estudantes”, levado a cabo pelo Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (CIPES) revela que um estudante proveniente de um meio cultural mais rico tem dez vezes mais hipóteses de ingressar no ensino superior que um estudante oriundo de uma família de nível cultural mais pobre. Esta investigação demonstra ainda que o nível económico e cultural dos pais se mostra relevante no tipo de curso que os filhos elegem.

A área da Saúde, mais precisamente o curso de medicina, é disso um exemplo evidente, já que de entre os estudantes que entraram neste curso no ano lectivo de 2004/05, 73,2% tem pais com formação de nível superior.

Diana Amado Tavares pertence ao Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (CIPES) e é uma das autoras do estudo "Preferências dos estudantes", trabalho que em breve será publicado pelo European Journal of Higher Education.
Segundo a investigadora, o estudo teve por base as “fichas ENES”, questionários preenchidos pelos alunos aquando da sua entrada no ensino superior. Diana Tavares revelou ainda que os dados tratados dizem respeito a 2004 e 2005.

Relativamente às escolhas do curso, Diana Amado Tavares afirma que o estudante tem tendência a "fazer uso dos critérios de escolha apreendidos e integrados pelo seu background social".
A percepção que os pais têm do que representa um bom curso poderá ajudar a explicar os seguintes dados: a maioria dos alunos que escolhem os cursos de formação de professores (39%) e de gestão (20%), é oriunda de famílias que possuem no máximo o primeiro ciclo de escolaridade (a antiga quarta classe).
No lado oposto, encontram-se as Ciências Humanas e Sociais (Direito), as Belas-Artes e as Ciências (Medicina), cursos eleitos por estudantes oriundos de capitais escolares mais ricos.

No que respeita à escolha do sector de ensino superior, a investigação mostra que esta é ditada pelo nível económico das famílias, isto é, quanto maior o rendimento destas, maior é a aposta nas universidades, em detrimento dos politécnicos. Diana Tavares explica: "Há diferenças, mesmo ao nível do financiamento, que levam as pessoas a encararem o politécnico como uma via pior".

Fonte e Imagem: DN Online

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